Palavras ao Vento Literatura

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

[ÁFRICA] - Terra Minha, Linda Terra Esta África!


Terra minha..., linda terra esta África!
Encantos teus trazidos ao Brasil,
Cultura e dança distribuída ao mundo,
Não há neste universo quem não viu.

Lendas, mitos e crenças fazem diferenças,
Equacionando um ícone sem mazela,
Por lutas de igualdade combatendo indiferenças,
Foi o lema adotado por Nelson Mandela.

Quantas lágrimas derramadas no passado?
Quantas vidas perdidas e iludidas?
Ao mundo foi nos presenteado,
Atitudes de amor que não foram esquecidas.

Sacrifícios perenes ecoam pelo mar,
Esperanças que não ficaram a naufragar,
Transportados em navios negreiros...
Ao Brasil, pessoas vieram encantar.


Trouxeram em sua bagagem o clamor de vida,
Embalada pela alegria no cantar e dançar,
Percebe-se hoje este retrato na Bahia...
Cultura social difundida pelos heróis de além-mar.


Hoje no cenário mundial de artistas,
Encontramos diversas doces melodias,
Fluindo com suavidade todos os dias,
Fruto de um passado com anseios e profecias.


O que dizer da expressão “moleque”?
Falando com preguiça em tom “dengoso”,
O que entender da “cachaça” e “caçula”?
Dádivas africanas ao ser humano carinhoso.

Vejo o espetáculo de carnaval,
Acompanhado pelo tambor, atabaque e cuíca,
Encantando ao mundo com seu “surdo” sem igual,
Cenário magnífico do samba e afoxé que não existia.


Não podemos omitir tradições em poeira,
Temos que espalhar o maracatu, Olodum e berimbau,
O turista se alucina com a força da capoeira,
Encontramos a congada e lundu em rede nacional.

Continuando e descrevendo a rima do “u”...
Encontramos o vatapá, acarajé e o caruru,
Sem esquecer a pamonha, mugunzá e chuchu...
E que os brasileiros conhecem de norte a sul.

Enfim, chegamos ao preconceito racial,
Iniciado e incitado pelo tráfico de escravos,
Fase encerrada neste século atual,
Por lutas, guerrilhas, sangues e bravos.

Hoje, é uma realidade a cultura africana,
Em sua homenagem temos a Consciência Negra,
Movimento forte oriundo de terra de savana,
Abraçando nossa terra, nossa nação brasileira.



Texto: Roberto Mello
Imagem:Imonedesign

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"CURVAS DO CAMINHO"







Aqui prostro-me
Porem de pé ventos a suportar
Aos que pedras atiram
Sem ao menos ter direção

Opacas luzes provem da noite
Ainda que raios como açoite
Corte-lhe o dorso ferindo-lhe o rosto
Descrevendo palavras silvando ao ar

Luzes que se fazem presentes
Em noite de brilho uniforme mesmo sem luar
Eis me aqui cegas palavras sem se preocupar
São textos colhidos das lembranças a flutuar

Nada aqui à de me lembrar
As frases que já ouvi, quem sou?
Duvidas a mim retribuídas quantas lições
Que por alguns instantes me ausentei

Incautos põem-se a vangloriar
Um voo as cegas como palavras sem direção
Arrebatam as perfumadas e meigas pétalas
Matando as flores ceifando a primavera

Sem começo próximos ao fim
Eis que surgem os paladinos, caprichosos desatinos
Colocam-se a gritar a plenos pulmões
Ao fio da espada a chibata das palavras faz sangrar

Prostrado as águas salgadas belo mar
Pedras sem direção se faz açoitar
Verdades ó as verdades como as garimpar
Reflitas frente ao espelho ainda que por um instante

Um gigante açoita impiedosamente ao servo
Olhos reluzentes de noites ocultas sem luar
O poderosos são os braços da aparente "razão"
Com a mordaça da transparência silenciosa a subjugar


A cada curva em forma de "U" encontrada no caminho
Esconde-se uma esquina, uma palavra esquecida
Pelos atalhos de uma vida nova jornada a se iniciar
Para quem sabe um dia todos os caminhos se encontrar


Poeta do Sertão
06-10-2013

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

ORVALHADAS de SAUDADE: quadras à saudade

ORVALHADAS de SAUDADE: quadras à saudade:     já vou a meio da distância levo nos olhos dois lagos um de lembrar a infância outro de lembrar afagos todas aquelas que e...

"INDEFESOS LIVROS SERVINDO AOS OLHOS E SUA NUDEZ"




Abençoado seja o homem,
Que da cultura se alimentar
Viver em comunhão com a literatura
E seus conhecimentos compartilhar

Feliz é a nação que do livros fizerem sua morada
Olhos que a nada vêm, crua nudez de conhecimento 
Como a um murro imaginário oculto ao saber
O abandono das letras entregues a solidão

Eu sou o silencio palavras incompreendidas
Literatura amargurada perdida, livros sem vida
Como nestas palavras se amparar se os olhos não as tocar
À quem possa percorrer o mundo das palavras sem as ver?

Livros silenciosos indefesos se ofertando ao saber
Olhos desconhecidos cruzados que a nada veem 
Por onde anda as palavras que já não são ouvidas
Preciso seria aos livros se rebelar para a vida, vidas lhes dar
Para que os olhos da vida voltassem a se entender se amar

Indefesos livros servindo aos olhos de desvairada nudez
Dedos que tocam as palavras que não as podem ver
Multidão silenciosa, cultura entregue a solidão
Sentida ouço a voz dos livros ignorada por ingratidão 


Poeta do Sertão
30-11-2016

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"AOS LÁBIOS, O NÉCTAR DAS FLORES"


                             soneto


Por caminho escondido
Como as águias em seu renascer
Quando isola-se para rejuvenescer
Em suas asas plainando

As pérolas nas profundezas a se reproduzir
Almas apaixonadas como pérolas a se lapidar
Plenas como as águias solitárias a se renovar
Orfeu toca sua lira para os anjos ouvir    

Paixão distribuindo gotas de amor
Hoje as sementes no jardim a se transformar
Quando chegar a primavera se apresenta como flor

O sorriso valorizando um belíssimo olhar
O néctar extraídos das flores
Lábios entre abertos anseiam por beijar


                     Poeta do Sertão
                          30-11-2016

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

"O SOL NÃO DEIXARA DE BRILHAR"


                     soneto


O sol que brilha na cidade da esperança
Hoje escritas dores lagrimas e oração
Olhares silenciosos tomados pela emoção
De repente tudo se transforma em lembrança

O caminho traçado passos e degraus a galgar  
Fica em todos um vazio, como explicar
Almas inconsoláveis abraços mãos a se tocar
Vidas perdidas sem ter como evitar 

Vão-se os corpos fica a historia 
É o sol que brilha assim como ao luar
Serão sempre campões em nossa memoria 

Na cidade da saudade o brilho não ira se apagar
Força Chapecoense não há de sucumbir 
Renasceras das cinzas para aos seus heróis saudar 

"O SOL EM TI JAMAIS DEIXARA DE BRILHAR"


                        Poeta do Sertão
                            30-11-2016

terça-feira, 29 de novembro de 2016

"SONETO DO TEMPO PERDIDO"




Nestes longos anos de penúria por qual passei 
Ficaram tão distantes em minha infância deixei
Infância de miséria castigo e segredo 
A voz vinda do álcool causando espanto e medo

Este soneto envelhecido perdido no tempo
Sopra aos ouvidos as dores vindas no vento
Dias entristecidos de angustias e e dores
A falta de tudo dias de um jardim sem flores

Lagrimas no rosto soluços e temor
Olhos amargurados perdidos na imensidão
Haverá neste angustiado peito fagulhas de amor

O tempo passou no menino as dores marcas deixou
Um soneto feito em lagrimas, no tempo perdido
Lembranças de um passado e das lagrimas que marcou


                           Poeta do Sertão
                               28-11-2016