Aqui prostro-me
Porem de pé ventos a suportar
Aos que pedras atiram
Sem ao menos ter direção
Opacas luzes provem da noite
Ainda que raios como açoite
Corte-lhe o dorso ferindo-lhe o rosto
Descrevendo palavras silvando ao ar
Luzes que se fazem presentes
Em noite de brilho uniforme mesmo sem luar
Eis me aqui cegas palavras sem se preocupar
São textos colhidos das lembranças a flutuar
Nada aqui à de me lembrar
As frases que já ouvi, quem sou?
Duvidas a mim retribuídas quantas lições
Que por alguns instantes me ausentei
Incautos põem-se a vangloriar
Um voo as cegas como palavras sem direção
Arrebatam as perfumadas e meigas pétalas
Matando as flores ceifando a primavera
Sem começo próximos ao fim
Eis que surgem os paladinos, caprichosos desatinos
Colocam-se a gritar a plenos pulmões
Ao fio da espada a chibata das palavras faz sangrar
Prostrado as águas salgadas belo mar
Pedras sem direção se faz açoitar
Verdades ó as verdades como as garimpar
Reflitas frente ao espelho ainda que por um instante
Um gigante açoita impiedosamente ao servo
Olhos reluzentes de noites ocultas sem luar
O poderosos são os braços da aparente "razão"
Com a mordaça da transparência silenciosa a subjugar
A cada curva em forma de "U" encontrada no caminho
Esconde-se uma esquina, uma palavra esquecida
Pelos atalhos de uma vida nova jornada a se iniciar
Para quem sabe um dia todos os caminhos se encontrar
Poeta do Sertão
06-10-2013
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