Tão cansado não notei e adormeci
Um sono com pesadelo, agitado
E de repente num porão me deparei
Dos arrancos e as batidas das ondas do mar
As águas o navio a chacoalhar parecia virar
Em meu pesadelo a escuridão nada me deixava ver
Ouvia gritos de alguém a sofrer
Em meu sonho tive as mãos acorrentadas
Deitado em gélido chão plena era a escuridão
Murmúrios e lamentos sem eu nada a entender
Conseguiria a este suplicio sobreviver
Meu sonho num porão
Capturado submeter-me ei a escravidão
Debatia-me na escuridão
Rogava ao Senhor tenha de mim compaixão
Despertei-me de tal pesadelo ofegante suado
Seria minha esta realidade ou teria sonhado
Teriam no passado alguém me escravizado?
Teria eu a liberdade deste sonho em um porão!!!
Meu sonho num porão, utopia? escravidão?
Como nos campos de algodão o capataz a chibata
A liberdade, quizás um dia a igualdade se torne realidade
O amadurecimento para se viver em harmonia
Sera a igualdade mera utopia em primavera por um dia
Poeta do Sertão
18-11-2016
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