Enigma De Faces Tantas.
Quero de volta a delicadeza
Os gestos com nobreza
Beijos respeitosos nas mãos
Sou solo sagrado
Imaculado,
Ainda quero voar sem limites
Tendo o infinito como rota distraída,
Indefinida...
Ainda quero chorar na partida
Sorrir de amenidades
Conservar boas e fieis amizades
Quero correr com a força da criança que fui um dia
E que ainda vive aqui bem dentro de mim
Quero sim...
Ouvir gorjeios dos pássaros na manhã ensolarada
Esperar lá fora o romper da aurora
Ainda quero um afago inocente
Que me devolve docemente
A vontade de viver,
Ainda quero crer...
Crer na força do amor que cura
Ver a mesa posta com doçura
Na esperança verde
Que colore a montanha de meus sonhos tantos
Quero cessar esse pranto
Que insiste em cair...
Ainda quero da humana raça
Sorver a taça até o fim
Fazer do amargo a doçura
Bela figura, eu sou
Sem metas ,sem planos
Transponho oceanos,
Invadem divagações,
Respostas imprecisas
Desumanas vidas...
Ainda quero no afã de meu voo solitário
Recitar meu rosário
Conta a conta,
Debulhando em meu deserto
Tudo que vejo tão perto
E tão distante de mim...
Ainda quero num aceno derradeiro
Subir sem olhar para trás
Deixando nos lugares por onde andei
A semente promissora da paz...
Ver de longe o amor acontecendo
Em qualquer forma em qualquer tom
Aquecendo a frieza de agora,
Embalando a nostalgia que por certo me invadirá
Ainda quero e preciso muito sonhar...
Com a indiferença dos que não me veem
Não me importo mais
Sei quem sou
Marquei meu nome na história
Então que eu fique como memória
Do tempo que pra mim passou...
Ainda quero redenção sem piedade
Das cores que turvaram meu caminho
E ao dobrar a curva do tempo
Ainda estarei ali
Esperando,
Sou advento
Sem lamentos, fiz minha jornada
Que não termina nessa estrada
Tenho a vida inteira
Sem fronteiras
A olhar-me do firmamento...
Suely Sette 22/07/2015
Direito preservados...
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