Esta é a via que me leva
ao interior,
Desembarca na estação do
coração de meu amor.
São trilhos sobre os
dormentes adormecidos,
São escadas que se
prolongam no infinito.
Nela brinquei parte de
minha infância,
Corri ao lado do trem sem
medo do perigo.
Sonhei e viajei por todos
os lugares,
Fui rei, fui cavaleiro e
fui Cervantes.
Aqui no anonimato do mato,
sou bicho sem dor,
Sou criança, sou adulto e
sou velho sem rancor.
Posso imaginar o mundo
girando feito um girassol,
Posso sonhar e viver
milhões de utopias.
Esta é a ferrovia que leva
ao meu interior.
De vez em quando, passa a locomotiva da vida.
Carregando a tudo e a
todos pelo caminho,
Mas sempre deixa um menino
sorrindo.
Gilberto Fernandes
Teixeira.
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