Palavras ao Vento Literatura

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Meu interior


Esta é a via que me leva ao interior,
Desembarca na estação do coração de meu amor.
São trilhos sobre os dormentes adormecidos,
São escadas que se prolongam no infinito.

Nela brinquei parte de minha infância,
Corri ao lado do trem sem medo do perigo.
Sonhei e viajei por todos os lugares,
Fui rei, fui cavaleiro e fui Cervantes.

Aqui no anonimato do mato, sou bicho sem dor,
Sou criança, sou adulto e sou velho sem rancor.
Posso imaginar o mundo girando feito um girassol,
Posso sonhar e viver milhões de utopias.

Esta é a ferrovia que leva ao meu interior.
De vez em quando, passa a locomotiva da vida.
Carregando a tudo e a todos pelo caminho,
Mas sempre deixa um menino sorrindo.

Gilberto Fernandes Teixeira.

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