Límpido
Como as águas do mar
E eu ali impávido
Um rochedo a se banhar
Ouço a batida das ondas
Umedecendo meus pés
Num incontável vai e vem
Quantas vezes nem sei
Solitário viver
Era só eu e o mar
Quantas coisas tinha eu a contar
Para me confidenciar
E ao mar
Comecei a falar
Falei das amarguras
E das alegrias, doces lembranças
Contei-lhe
Dos meus sonhos
Dos encontros sorrateiros ao luar
E das noites mal dormidas
Sem vontade de sonhar
Transformei o mar em confidente
E viajei do nascente ao poente
Numa onda a me confidenciar
Entreguei-me ao tempo e deixei-me levar
Poeta do Sertão
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