Um Minuto Por Favor
Um minuto, por favor,
Que precisão tem para você o minuto que passa?
Ele se vai como a fumaça soprada pelo vento
Não se condensa como a gota de água
Para retornar depois...
Ele simplesmente passa
E nos leva com ele
Sem chance de retorno...
Colho de meus segundos
Os sons mais preciosos
Agudos, profundos...
Colho do meu tempo à essência rara
A luz da lua que clareia minha praia
Assim na efeméride da vida.
Posso ficar distraída o tempo que eu quiser...
Ler e reler o mesmo verso
Ouvir mil vezes a mesma canção
Perdão...
Sou agora dona absoluta de meu tempo
Não empresto mais minhas horas
Com coisas pequenas
Meu tempo é grandioso
Majestoso,
Forte
Nele posso unir sul e norte,
Dobrando ao meio a folha tênue da vida
Tem saída...
Nada sou ante o infinito
Saber que sou um grão de areia pequenino
Perdido entre milhões de constelações
Faz-me dona do meu destino...
Senhora absoluta da minha vida...
Saio de cena,
Aceno e vou
Seguir as trilhas de meu caminhar solitário
Interplanetário...
Afinal sou a imensidão do infinito
Posso estar onde quiser
Sem ferir nem ser ferida
Sou a beleza da vida
Incerta
Que aqui se derrama em versos
Inquietos...
Tecidos no calor solar
Ou na face lunar
Que veio hoje me visitar.
Estou de passagem
Pra qualquer tempo e lugar
Guardem ou não minha imagem
Sigo daqui a viagem
Soberana e forte
Tenho norte,
Vou voar...
Suely Sette 20/05/2015
Direitos preservados...
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